Mito Da Caverna
Platão. A República. Livro VII.
O Mito da Caverna foi escrito pelo filósofo Platão e está contido no livro A República. A história narra o diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato.
Trata-se de um dos textos mais lidos no mundo filosófico, em que o autor utiliza uma linguagem mística para apresentar o quanto a sociedade estava imersa nas crenças e superstições.
A narrativa fala de prisioneiros que desde o nascer viviam acorrentados dentro de uma caverna e que passavam todo tempo olhando para uma parede ao fundo onde eram projetadas sombras. Essa parede era iluminada por uma fogueira fora da caverna e, por nunca terem visto nada além daquelas projeções, acreditavam piamente que aquilo que visualizavam era de fato o que existia. Ao se libertar dos grilhões, um prisioneiro descobre que durante toda sua vida tudo que viu foi apenas sombras do que realmente existe.
Platão retrata a história de presos submissos a uma ilusão de ótica e que possivelmente não se interessariam em questionar o que viam, uma vez que se habituaram a crer apenas naquilo que seus olhos conseguiam contemplar e julgavam ser suficiente o pouco conhecimento que possuíam.
Trazendo o mito da caverna para nossos dias podemos notar que o homem preso e acorrentado que passa o tempo todo olhando para a parede da caverna se assemelha muito ao homem dos nossos dias que, embora possa não estar preso em uma caverna, continua resistindo ao conhecimento de novas verdades.
É uma contradição perceber que mesmo escrito há tanto tempo o mito da caverna ainda sobrevive inserido em uma sociedade globalizada onde informações são trocadas quase que na velocidade da luz.
Cada um de nós traz consigo crenças, verdades, credulidades. E o que nos levaria a abrir mão de nossas convicções? Como reagiríamos ao sermos confrontados com uma possível realidade que