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DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

1. Introdução
Inicialmente, até meados do século XX, o Brasil tinha como maior destaque a produção de café, essa era a principal pauta de exportação brasileira, sendo ainda o Estado de São Paulo responsável por 2/3 das exportações do café no mundo. Em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova York muitas mudanças começaram a acontecer e foi o período em que se deu inicio a substituição de importação em nosso país. Ainda nesse momento, com a Grande Depressão de 1929, além dos problemas com a exportação, o Brasil enfrentava ainda grandes problemas na importação de produtos industrializados (houve uma queda de 60% naquele período).
Foi no meio de tantos problemas que durante o século XX novas mudanças começaram a acontecer e surgiram os primeiros vestígios da industrialização no Brasil. Com a industrialização tardia do Brasil, onde inicialmente se deu com o processo de concentração geográfica na região sudeste, principalmente em São Paulo, levantando polêmicas ao reproduzir uma série de desigualdades regionais no território brasileiro. Havia ainda a insistência da indústria automobilística em manter a concentração na cidade de São Paulo, em especial na região ao ABC, fazendo dessa forma, que a capital paulista fosse responsável por 45% do valor da produção industrial do país.
Foi justamente no meio desses conflitos e problemas regionais gerados pela grande concentração industrial no Sudeste que se deu início a desconcentração industrial, processo esse que veio se intensificar na década de 1990.

2. Desconcentração industrial do Estado de São Paulo

Na tentativa de acabar com os problemas trazidos com a concentração industrial e consequentemente as distorções regionais, foram desenvolvidos na década de 1970 uma série de incentivos fiscais, com o intuito de focar na desconcentração industrial do Estado de São Paulo e consequentemente oferecer oportunidades e despertar o interesse industrial em outros locais do