Resenha da Caverna do Urso
Se a sociedade pré-histórica fundamenta-se no principio do parentesco, nada mais natural do que considerar que a base geradora do jurídico encontra-se, primeiramente, nos laços de consangüinidade, nas práticas de convívio familiar de um mesmo grupo social, unido por crenças e tradições. Fazendo uma comparação com os dias atuais, não deixamos pessoas que não conhecemos entrar em nossas residências, usufruir de nossos pertences, de nossos mantimentos e passar a participar de nossas atividades diárias, não e simples assim porque temos a com ciência de que isso nos poderia trazer um perigo físico, material e até mesmo religioso. A colocação de Wolkmer (2012, p.1) explica bem isso: “Toda cultura tem um aspecto normativo, cabendo-lhe delimitar a existência de padrões, regras e valores que institucionalizam modelos de conduta”.1
Durante o período de crescimento de Ayla (Mais especificamente na adolescência) o filme nos da uma visão muito clara de como que se dava a transmissão dos ensinamentos, e a hierarquia existente entre os membros. Os ensinamentos eram transmitidos de forma oral, e alguns só eram transmitidos para as pessoas que assumiriam um cargo futuramente dentro da tribo. Exemplo disso eram a transmissão dos conhecimentos de liderança (ensinados por Brun a Bround) e os ensinamentos de cura (ensinados por Iza a Ayla para que a mesma ganhe um espaço dentro da tribo) diferente das lições que eram comuns a todos como a utilização de ferramentas de caça para os homens (funda e lança), e as atividades como coleta de madeiras, estoque e cozimento dos alimentos comum as mulheres.
Wolkmer (2012, p.3) “[...] num tempo que inexistia legislação escrita e