RESENHA DO FILME A TRIBO DA CAVERNA DOS URSOS

RESENHA DO FILME “A TRIBO DA CAVERNA DOS URSOS”

Tanto o filme “O clã da caverna do urso”, dirigido por Michael Chapman, baseado na obra de mesmo nome de Jean M. Auel, objeto deste trabalho, quanto no Livro “Fundamentos da História do Direito” de Antônio Carlos Wolkmer, em seu primeiro capitulo, retratam um passado onde a ordem estava firmada sob um prisma místico. O sobrenatural era totalmente presente na regência da vida social. Essa influencia era relevante de tal modo e inserida há tanto tempo na cultura daquele povo, que se opunham a quaisquer mudanças.
Naquele período de tempo, o medo ditava a maioria das regras ou atividades exercidas pelos indivíduos. Ele influenciava o modo com que eram distribuídas dentro do clã ou tribo, as funções, atribuições e até a submissão a determinado mandamento. Submissão porque depois de gerações fazendo as mesmas coisas, os mesmos costumes, as verdades tidas pela tribo, tornam-se dogmáticas, verdadeiros tabus, e o medo da repreensão dos deuses, ou qualquer entidade mística que pairasse sobre eles, atuava como meio de coerção, fazendo com que aquele povo prosseguisse com seus ritos.
O Direito existe desde que existe sociedade, ainda que de modo primitivo. E em um tempo em que inexistiam códigos e legislações escritas, os ordenamentos eram transmitidos oralmente. No referido filme, até mesmo a linguagem falada não era muito desenvolvida. A comunicação principal era por meio de gestos e ainda assim, já existiam regras.
O direito surgiu para preservar as relações interpessoais, também o fazendo em relação às divindades. Quando algum membro do clã fugia das regras, acreditava-se que os deuses, de alguma forma, iriam castigar todo o grupo. Então, devido a esse medo, o clã respeitava os ordenamentos de modo bem religioso.
O conjunto de regras que já existia naquele período, embora muito mais do que a relação criminal, na verdade, já envolvia vários outros setores da vida social:
[...] o papel do direito é fundamental como elemento