Relações Internacionais
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Economia Brasileira Contemporânea –
Resumo do texto:
Reformas, Endividamento Externo e o “Milagre” Econômico (1964-1973)
Jennifer Hermann
O autor começa o texto, contextualizando a economia no período histórico estudado, o qual se encaixa no período de 1964-73, que abrigou três mandatos de presidentes militares: do marechal Humberto Castello Branco (1964-66), de Arthur da Costa e Silva (1967-69) e Emílio Garrastazu Médici (1969-73). No governo Castello Branco, devido ao cenário de desequilíbrio monetário e externo do inicio do período, a política econômica acabou por assumir uma orientação restritiva. Somente a partir de 1967-68 a retomada do crescimento tornou-se o objetivo predominante. A economia nos anos de 1965-73 abriga duas fases distintas. A primeira de 1964 a 1967 caracterizou-se como uma fase de ajuste conjuntural e estrutural da economia, visando ao enfrentando do processo inflacionário, do desequilíbrio externo e do quadro de estagnação econômica do início do período. Os anos de 1964-67 foram marcados pela implementação de um plano de estabilização de preços de inspiração ortodoxa – o Plano de Ação Econômica do Governo (Paeg) – e de importantes reformas estruturais – do sistema financeiro, da estrutura tributária e do mercado de trabalho. Nesse período, a economia brasileira teve um comportamento do tipo stop and go, embora o crescimento do PIB tenha sido razoável. A segunda fase (1968-1973) caracterizou-se por uma política monetária expansiva e por vigoroso crescimento da atividade econômica, acompanhando da redução gradual da inflação e do desequilíbrio externo. Essas condições justificam a alcunha de “milagre brasileiro” para esse período.
O Paeg (1964-66): Diagnóstico e Estratégia de Estabilização
Ao longo de 1963 e até o início de 1964, a economia brasileira operou em Estado de “estagflação” – estagnação da atividade econômica, acompanhada