relações internacionais

O realismo se define como uma teoria que vê o mundo da forma como ele realmente é, desvinculado de princípios morais. O Estado é colocado no centro das discussões, pois ele é o ator principal das relações internacionais. Esse Estado sempre atua servindo ao interesse nacional, que em sua forma mais básica é o desejo de sobreviver, mas que também se traduz no acúmulo e na manutenção do poder (plano interno). O poder é tido como um instrumento por meio do qual os Estados garantem sua sobrevivência no meio internacional, este último considerado, de acordo com os realistas, como anárquico. No plano internacional, contudo, não há “Estado” e, portanto, não há monopólio desse poder, resultando disso os conflitos e guerras pelo mundo (plano externo). Dessa forma, o âmbito internacional é perigoso, e os Estados devem pensar em estratégias de segurança para impedir que sua soberania (autoridade legítima de cada Estado sobre seu território e sua população) seja ameaçada, e para assegurar sua sobrevivência.
Muitas vezes os Estados são obrigados a cooperar e fazer alianças para sobreviverem, sobretudo em função de um equilíbrio de poder, isto é, buscando manter um equilíbrio na distribuição de poder no plano internacional. Logo, se um estado se torna muito poderoso, os outros se sentirão ameaçados e farão de tudo para também aumentar seu poder. Encontramos essa descrição em Hobbes, que caracteriza a sociedade sem Estados como uma disputa constante de todos contra todos.
Auto-ajuda é, para os realistas, a noção de que os Estados só podem contar com a sua própria capacidade no que diz respeito às relações internacionais. Os realistas enxergam o sistema internacional como um espaço de disputa pelo poder, motivada pela segurança.
Para Morgenthau os Estados tinham como objetivo comum a busca pelo poder e a moralidade seria limitada e definida em termos particulares. A política é governada por leis objetivas. Os princípios morais não são universais.
John Herz surge décadas