Relações Internacionais
Diplomática e Política Internacional, sendo necessário criar um campo conceitual próprio e definir os limites da realidade dessa ciência. Essa difícil tarefa tem sido enfrentada e alcançada unicamente por acadêmicos anglo-saxões.
Esse pioneirismo no estudo das Relações Internacionais deve-se a razões econômicas, políticas e de poder.
Primeiramente, os governos americano e britânico, investiram altos recursos no ensino e na pesquisa das Relações Internacionais. A primeira cátedra dedicada ao estudo dessa ciência foi a cátedra Woodrow Wilson, criada na Universidade de Gales, e logo após a Segunda Guerra
Mundial, foi a vez dos Estados Unidos de investir altos recursos na pesquisa.
Em segundo lugar, esses dois mundos acadêmicos foram os responsáveis em definir o objeto de estudo das RI, cada um de acordo com seu interesse e tradição acadêmica. Nos EUA, essa ciência assumiu “um caráter eminentemente prático”, devido seu surgimento ter sido a partir da Ciência Política. Na Inglaterra, as RI nasceram “a partir da cooperação econômica entre os diferentes segmentos universitários e a diplomacia”. Diferente dos EUA, o campo de estudos das RI não se resumia unicamente à defesa dos interesses do Estado Nacional, dando importância inclusive às questões culturais.
Em terceiro, estão as questões de poder. O estudo das RI como disciplina acadêmica era restringido às elites, como necessidade de entender o mundo em constante mudança e, dessa forma, manter o poder, já que a Inglaterra era a hegemônica até o início do século XX, quando os EUA despontou como potência mundial.
A partir dessa primazia anglo-saxã, decorre o