Relações de trabalho e teorias administrativas
Bruno, Lúcia E.N. Barreto Relações de Trabalho e Teorias Administrativas |
No artigo a autora relata que a ação do nível político no capitalismo tem duas vertentes, uma incidindindo sobre o campo de extorsão da mais valia e dos conflitos que daí advém e atuando no campo da relação entre as classes e outra incidindo sobre o campo de distribuição/apropriação da mais-valia e da regulação das disputas a este nível, além da coordenação do processo econômico global e atuando no campo das relações intraclasses capitalistas. A autora complementa dizendo que essas duas vertentes processam-se a partir dos centros de poder das próprias empresas e instituições. Será a partir da reorganização do campo da administração/organização do trabalho que a inversão na relação produtor-instrumental de trabalho vai se realizar de maneira generalizada, que se iniciará nas primeiras décadas do século XIX, que é quando os industriais precisam do auxílio de engenheiros. Com isso começam a aparecer várias escolas encarregadas dessa formação. E a partir de 1820 começam a surgir também escolas de administração de empresas, onde seus formandos no início do século XX, junto com especialistas da área militar, dão origem às primeiras teorias administrativas. Taylor e Fayol foram alguns desses que se formaram neste ambiente racionalizador, de orientação pragmática. A obra de Taylor, primeira expressão ideológica da reorganização do campo da administração/organização do processo de trabalho, implicou a institucionalização da prática tecnogestorial no interior das unidades produtivas. A administração da produção era composta pelos supervisores e capatazes que eram vigilantes e não definiam as formas de organizar o trabalho, pois os seus conhecimentos estavam abaixo daquele que em conjunto possuíam os dotes do ofício e controlavam e definiam as tarefas de seus auxiliares. Do ponto de vista do proletariado, a autora comenta que desaparece a antiga hierarquia, em que os