Reflexões sobre turnover
Músculo, gordura ou pelanca
Teo Pereira Neto Economia aquecida e o mundo
corporativo vive mudanças nas relações com a força de trabalho. Com reflexos diretos na lei da oferta e da procura, que assim como nos produtos e serviços, regula a relação do capital humano com o mercado empregador.
Para reter talentos a empresa deve se antecipar e fixar sua política enquanto os ventos são favoráveis. Oferecendo perspectivas de
m
“músculo” esbanja
autorrealização e crescimento na própria empresa, inibirá a debandada do pessoal. E quem lidera ou é destaque, deve ficar atenta. Seus
profissionais talentosos serão alvo da cobiça dos concorrentes, ávidos em reforçar a expertise corporativa. O turnover ocorre quando a empresa não faz a lição de casa, deixa de mapear seus talentos, protegendo, blindando e valorizando o seu capital humano. Mas, se o inevitável acontecer, seja racional. Não aja por impulso, não faça loucuras e nem propostas mirabolantes para segurar quem quer sair. Avalie o que você tem na mão, o que vale a pena reter. Por analogia, o quadro de pessoal pode ser percebido como MÚSCULO, GORDURA ou PELANCA. Quem é
competência, comprometimento, visão empreendedora, espírito de equipe. Se a empresa perder músculo, perde muito. “Gordura” é 1
inchaço, gente demais, funções supérfluas, estrutura lerda. Se a empresa perder gordura, ficará mais ágil, enxuta, com mais saúde e vontade. “Pelanca” é a pele flácida e pendente; carne de má qualidade. No mundo corporativo é penduricalho, gente atrapalhada,
relacionamento complicado, vampiros energéticos. Amadores que explodem a hierarquia e implodem a confiança. Sem pelanca a empresa será mais feliz... Fique atento: 1. Conheça sua equipe, não seja refém da opinião suspeita de terceiros. 2. Mapeie os talentos. Crie cargos e remuneração condizente, se isto for vital para retê-los. 3. Negocie apenas com quem é MÚSCULO. 4. Numa possível troca de emprego, nem todos negociarão. Há os que