Reflexão de didática
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA
Reflexão escrita sobre Unidade I do curso de Didática
São Paulo
2012
No período de cinco aulas do curso de Didática, abordamos diversas questões que dizem respeito ao fenômeno da educação. Entre elas, a relação entre homem e sociedade, de que forma aquela atua nesta, quais são suas preocupações, o que o move como sujeito. Paulo Freire (1974) defende a noção de incompleticidade do homem, ou seja, ele está em busca permanente na medida em que age e reflete no mundo, transformando-o.
Entretanto, tanto a busca como a transformação da realidade não se dá individualmente. Esse ato é sempre coletivo, pois o homem está sempre em relação ao mundo. Por isso a importância do objetivo humanizatório nesse processo, principalmente tratando-se de educação. Pois uma educação desumanizadora, ao invés de preparar o sujeito para a transformação da realidade, somente reforça os mitos que o adapta a esta.
Dessa forma, Freire opõe a concepção bancária de educação à concepção humanista. A concepção bancária faz do processo educativo um ato permanente de depositar conteúdos. O educador é aquele que educa, disciplina, prescreve e escolhe os conteúdos, ou seja, é o sujeito do processo. Por analogia, o educando é aquele que é educado, disciplinado, segue a prescrição e recebe os conteúdos na forma de depositário, sendo o objeto do processo.
A concepção humanista é o oposto desta. Ela estimula a criatividade, provoca a reflexão crítica, desmistifica a realidade e reconhece o homem como ser histórico, transformador.
Para tal objetivo, é preciso uma abordagem dialógica de educação, pois esse processo se dá através do diálogo e da comunicação. Finda, então, a oposição educador-educando, dando lugar a ideia de educador-educando e educando-educador.
Sintetizando os pontos acima citados, a proposta freiriana sugere que “ninguém educa ninguém”, que “ninguém tampouco se educa sozinho”, mas que