RACISMO NA ESCOLA
INTRODUÇÃO
O Brasil adiou ao Máximo o dever de libertar os africanos e seus descendentes escravizados. Carregamos a desprezível marca de ser a ultima nação a abolir a escravidão. Lutamos ainda hoje para que tenhamos uma democracia. O Brasil é um país composto por várias etnias: europeus, africanos, índios e outros povos que compõem a sociedade brasileira. O racismo no Brasil, mesmo velado, ainda está presente em nossa sociedade. "Devido a processos históricos, resumidos na escravidão", revela-se "O peso da exploração negra é inegável na nossa cultura. Além disso, após a sanção da Lei Áurea, os escravos ficaram à margem da sociedade, não houve políticas de inserção desse grupo. Por isso, os negros sofrem duplo preconceito: o social e o econômico" analisa Carlos Francisco da Silva Júnior.
Esse fardo carregado na História brasileira obviamente reflete na nossa educação.
Mesmo sendo difícil de ser enxergado, o tema veio à tona recentemente na imprensa brasileira através de dois casos: a discussão na câmara sobre a constitucionalidade das cotas para negros e o psicanalista que xingou uma mulher em um shopping de "orangotango africano". "A importância da escola no meio disso tudo é que ela é um espaço de reprodução de comportamento; se a criança aprende a ser racista na aula, ele reproduz tal conduta fora dela", complementa o diretor nacional de Ensino Superior do SEB.
Por isso, a escola tem que ser um espaço exemplar, um lugar onde a intolerância não só deve ser proibida, porém entendida como algo sem sentido e prejudicial ao funcionamento da sociedade. O racismo deve ser cada vez mais restringido, principalmente em um local essencial como as salas de aula. Até que ele fique cada vez mais restrito à mente dos preconceituosos, chegando ao estágio em que ele não faça mais sentido.
Nas escolas, o racismo se expressa de múltiplas formas: negações das tradições africanas e afro-brasileira; dos nossos costumes; negação