Resenha do livro "Superando o Racismo na Escola"
464 palavras
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O livro traz a reflexão sobre o lugar das tradições africanas no redesenho cultural da escola brasileira e incentiva professores e professoras a relacionarem-se com o mundo de possibilidades que a sociabilidade negra criou, para além das referências e práticas eurocêntricas, cuja reiteração e reprodução na escola brasileira ainda fazem desta mais um problema do que uma solução para os desafios de nossa sociedade. Mostra também a forma dos educadores de lidarem com tal postura (ainda) da sociedade quanto às chamadas “minorias”. Para demonstrar um jeito mais simples de objetivar a tarefa do diálogo com os alunos em geral, sobre preconceito e descriminação, o autor aponta vários tipos de preconceito, mesmo o bullying nas escolas e começa através da forma mais comum de discriminação: o racismo. Kabengele Munanga fala sobre o estigma que pairou sobreo negros, desde a escravidão e que perdura até os dias de hoje, citando outros autores. Ele diz que “o racismo é a pior forma de descriminação porque o discriminado não pode mudar as características raciais que a natureza lhe deu. [...]”. Entretanto, essa forma de pensar não é a mais objetiva e crucial, pois o verdadeiro racismo veio ante o cristianismo do século XV. Através dos europeus, as Américas, a Ásia e, principalmente, a África foram tomadas como bárbaras ou até pagãs e o racismo foi tomado “como uma prática necessária e justificável.”. Aristóteles disse que alguns nasceram para serem senhores e outros para serem escravos. Entretanto, seria essa uma forma adequada de pensar? O ponto fundamental a captar é: será que estamos entendendo o que acontece nas escolas, com nossos alunos? O autor explicita que o racismo é onipresente e forte. Ainda fala sobre a animalização do negro. Acontece basicamente na nossa frente e de forma inacreditável. O autor exemplifica, falando sobre os livros didáticos e como o negro, na maioria das vezes, aparece em situação inferior a do branco. Nas