Qualidade de vida no trabalho
“Qualidade” é o verbete existente para definir a maneira de uma coisa ser boa ou ruim – o que, em outras palavras, podia ser mais bem explicado, em virtude do contexto que aqui se agrega, através da simplória significação de condição social. Aprofundando de forma mais ampla, qualidade assomada à vida e, também a trabalho configura um quadro de condições prévias para o bem-estar de um indivíduo, ou, conjunto de indivíduos, dentro de uma organização.
A chegada dos Tempos Modernos, de Charles Chaplin, metaforicamente, delimitou inúmeras mudanças no estilo de vida das pessoas – já que os avanços da ciência e tecnologia acabaram por metamorfosear as organizações econômicas e sociais. As exigências impostas aos trabalhadores aumentaram bruscamente e a busca por indivíduos altamente qualificados impactaram, inclusive, a vida do tempo de não-trabalho deste sujeito (o trabalhador). Sob esta perspectiva, aquilo denominado como “qualidade de vida no trabalho” automaticamente fica defasado – há que se requintarem as capacidades de domínio físico, psicológico e de relação interpessoal. E sobretudo assumir uma postura de que a vida boa de um, não garante a vida boa do outro. Não há como se parametrizar estratégias que dêem conta da satisfação plena de todos.
Aquilo que, via de regras, pode-se caracterizar como remanescente às modificações ocorridas, contribuiu para tornar as condições de trabalho impróprias: fadiga (ocasionada pelo excesso de esforço requerido), falta de higiene, inadequação do ambiente fabril, jornadas demasiadamente longas de labor. Tais inadequações, quando agregadas às necessidades de especialização contínua, vislumbram um mapa de mecanização e coisificação deste ser em questão – a valorização das pessoas decai, visto que, neste momento, são vistas apenas como “capital humano” (“ser humano” não mais existe, ou, ao menos, não tem mais importância às necessidades das organizações).
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