Psicoterapia Cognitiva
Elaine Falcone
A autora faz uma retrospectiva situando o contexto que propiciou o surgimento da Psicoterapia Cognitiva, desenvolvida por Aaron Beck, inicialmente voltada para o tratamento da depressão e posteriormente, abrangendo outros transtornos.
A Terapia Cognitiva postula que os transtornos podem ser provenientes de uma maneira distorcida ou disfuncional que a pessoa utiliza para interpretar a realidade.
Os pensamentos automáticos, que seriam àqueles que nos ocorrem a todo momento, podem apresentar distorções cognitivas, alterando a percepção dos acontecimentos e consequentemente a emoção gerada.
As crenças intermediárias funcionam como regras, são mais resistentes às mudanças que o pensamentos automáticos e são um meio encontrado pelo indivíduo para reduzir o sofrimento causado pela crença central.
As crenças centrais são traduzidas por ideias absolutistas. Essas crenças se originam na infância e mesmo diante de experiências que as desconfirmem, elas prosseguem na vida adulta.
Os pensamentos automáticos podem ser identificados pelo próprio indivíduo, mediante treino. As crenças, intermediárias e centrais, são menos acessíveis à consciência.
O modelo cognitivo, considera que o paciente depressivo apresenta como padrão de pensamento, uma tríade negativista, com pensamentos negativos em relação a si mesmo, ao mundo e ao futuro.
Pacientes com transtorno de ansiedade, parecem superestimar o perigo e em contrapartida, subestimar seus recursos pessoais para enfrentar o problema.
No transtorno obsessivo compulsivo, os pensamentos exercem grande influência, porque o paciente muitas vezes acredita que seu pensamento tem o poder de causar , evitar ou reparar algum dano a outrem.
Nos transtornos de personalidade, os esquemas cognitivos disfuncionais são mantidos, diferentemente dos casos de depressão e transtorno de ansiedade.
O objetivo da Terapia Cognitiva é identificar, testar e produzir mudanças nos pensamentos