Psicopatologia

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Pode-se dizer que o nascimento da clnica moderna se d entre o final do sculo XVII e incio do sculo XIX. A clnica no teve sua formao em torno de um objeto comum, o corpo e suas afeces, mas em resposta a demandas mltiplas cuja raiz de legitimao social deriva dos sistemas jurdicos, morais e religiosos dos saberes empricos, institucionais e tericos da medicina. Ela resulta do importante encontro entre trs figuras o cirurgio, o mdico e o professor-pesquisador. Fazendo uma fuso de dois locais o hospital e a universidade. Sobressalta a fuso de trs linhagens distintas a clinicalista, ligada observao e a fundamentao do saber sobre o corpo, saber derivado do cotidiano com o doente a fisiologista, que se fixa aos estudiosos empricos das chamadas cincias auxiliares, tentando as hipteses etiolgicas e descrevendo o funcionamento dos tecidos o vitalista, representado pelos filsofos e polticos interessados em dar expresso coletiva ao projeto desta nova medicina. No inicio do sculo XVIII a Prssia, passa por um processo de normalizao, advinda primeiramente da formao de exrcitos profissionais, secundariamente a normalizao surge diante da relao diante o mdico e o paciente. Inicia-se o controle administrativo da profisso juntamente com o surgimento de funcionrios mdicos. Facilitado o controle da circulao de pessoas e seu mapeamento, amontoamentos e disperso tornam possvel a atuao de uma polcia mdica, acontecimento que enfatiza a preocupao com a medicina social. A medicina ainda no se trata do individuo e do corpo, mas dos recursos ambientais e da salubridade, exercida sobre os pobres cuja insalubridade e hiperconcetrao populacional eram visveis. Logo a medicina social era um processo de construo populacional, ao ponto de vista de uma engenharia, sob o controle dos interesses monrquicos em aumentar seu poder pela via do incremento populacional, ou mesmo via novos mdicos idelogos. no interior deste sistema que a medicina projeta uma fundamentao do saber mdico sob a antropologia.

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