Psicopatologia
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.2 ed., Porto Alegre: Artemed l, 2008, p.61.
Os sinais e os sintomas compõem os quadros clínicos das doenças mentais. São eles que permitem o diagnóstico e o prognóstico dos quadros clínicos.
A avaliação do paciente em psicopatologia é feita por meio da entrevista e da observação cuidadosa - principal instrumento de conhecimento psicopatológico.
A entrevista exige técnica para se obter informações que subsidiam o diagnóstico clínico e o tratamento adequado e permite a realização de dois aspectos da avaliação: anamnese e exame psíquico.
Anamnese-
Histórico dos sinais e dos sintomas que o paciente apresenta ao longo de sua vida, antecedentes pessoais e familiares, família e meio social.
A esses dados são acrescentados o exame psíquico ou exame do estado mental atual.
Aspectos relevantes sobre a técnica de entrevista em psicopatologia:
No primeiro plano da clinica psicopatológica estão colocadas as intuições, o contato e as trocas afetivas constitutivas da relação entre o médico e o paciente.
O psicopatólogo deve relacionar-se de modo afetivo com o paciente e refletir com ele, escolhendo o nível mais favorável para a comunicação e a compreensão.
Neste sentido o uso do termo simpatia – em portuguê; einfühlung - em alemão; e empathy- em inglês; significa, na relação entre o médico e o paciente, uma troca afetiva diferente da neutralidade benevolente caracteriza o exame psicopatológico como um encontro psicoterápico e não somente uma estratégia diagnóstica.
No exame psiquiátrico, mais que em qualquer outro, a relação medico paciente deve constituir-se em um encontro que retire o paciente da posição de objeto de observação clínica.
Deste fato resultam algumas conseqüências, a saber:
A- O movimento de investigação deve ser longo e minucioso.O registro dos sintomas visa compreender o seu lugar na economia geral da vida psíquica do individuo.A