Psicopatologia
A Psicopatologia deve considerar o individuo globalmente atentando sempre para os padrões de normalidade aonde o indivíduo a ser questionado está inserido, não se deixando guiar cegamente pelos sintomas. Considerar um sintoma isolado é fazer com que o objetivo principal de entendê-lo (compreender o indivíduo) seja esquecido.
O objetivo da psicopatologia não deve ser confundido com o da psiquiatria. O seu campo é mais restrito e se limita ao estudo dos fenômenos anormais da vida mental e tem como método a fenomenologia. Karl Jaspers (1883-1969), um dos principais autores da psicopatologia, afirma que esta é uma ciência básica, que serve de auxílio a psiquiatria, a qual é, por sua vez, um conhecimento aplicado a uma prática profissional e social concreta.
Ao delimitar o campo de atuação da Psicopatologia Geral, Jaspers define a “Psiquiatria como profissão prática e Psicopatologia como Ciência”, sendo esta última responsável pelo estudo das manifestações da consciência, sejam essas manifestações consideradas normais ou anormais, asseverando que: “Aqui todo trabalho se relaciona com um caso particular. Não obstante, para satisfazer a exigência decorrente dos casos particulares, o psiquiatra lança mão, como Psicopatologista, de conceitos e princípios gerais (...)seus limites consistem em jamais poder reduzir o indivíduo humano a conceitos psicopatológicos.
Quando se estuda os sintomas psicopatológicos, costuma-se enfocar dois aspectos básicos: a forma do sintoma, isto é, sua estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes(