Condições de vida, trabalho, saúde e doença dos trabalhadores rurais no brasil
Entretanto, apesar da veracidade e dessa triste realidade ser ainda muito freqüente em nosso meio, é necessário romper com o reducionismo e conhecer melhor o problema, na perspectiva da mudança desse quadro.
As atividades econômicas ligadas ao campo ou ao meio rural têm raízes profundas na história brasileira. Apesar do intenso processo de industrialização promovido pelas políticas públicas a partir de meados dos anos 40, do século passado e da acelerada migração rural-urbana que acompanhou esse processo, a produção e atividades rurais têm grande importância no país, contribuindo ainda hoje com fatia expressiva do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) em maio de 2005, revelam que o crescimento do PIB no primeiro trimestre do ano foi de 0,3 em relação ao último trimestre de 2004 e que o setor que apresentou o melhor desempenho no trimestre avaliado foi o de agropecuária, com um
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crescimento de 2,6%. Enquanto a área cultivada expandiu em 225 no país, entre
19990 e 2003, a produção de grãos mais que duplicou, passando de 59 milhões de toneladas para 125 milhões. Este ganho de produtividade é explicado em parte, pelo aumento do consumo de micro-nutrientes em mais de 13 vezes, no mesmo período.
(Monteiro Filho, 2005)
Porém, o sucesso dos indicadores econômicos não se reflete nos indicadores sociais e menos ainda, das condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores do campo ou da degradação ambiental.
Este livro, organizado como uma ferramenta de apoio às atividades da implantação da Rede de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) na rede de serviços de saúde do país, busca