Psicologo organizacional
Antônio Virgilio Bittencourt Bastos Prof. Adjunto de Departamento de Psicologia/UFBA Ana Helena Caldeira Galvão-Martins Psicóloga Coordenadora de RH da Prefeitura de Camacari/BA
profissão do Psicólogo tem sido objeto freqüente de reflexão, discussão e estudos por parte dos profissionais que a exercem. Estes estudos buscam não só compreender os determinantes histó¬ rico-sociais que moldaram o perfil de atuação do psicólogo brasileiro, hoje, como também questionar a sua prática, na perspectiva de construção de um modelo de atuação mais condizente com o potencial de conhecimentos
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gerados pela Psicologia e com a realidade sócio-política em que ela se insere. Certamente, como assinalam Pena e Schneider (16), o exercício da Psi¬
* Este trabalho consiste no desdobramento e ampliação da análise ocupacional do Psicólogo organizacional da qual participaram as Psicólogas Márcia Oliveira Staffa Tironi e Isa Gernânia Andrade Silveira, enquanto bolsistas de iniciação cientifica — CNPq/UFBa.
cologia (aqui entendido como aplicação de conhecimentos psicológicos a problemas humanos) antecede a própria teorização em Psicologia e à sua regulamentação enquanto profissão — esta, na realidade, representa o auge de um processo em que a sociedade reconhece e delimita a especificidade de um grupo ocupacional já atuante e socialmente inserido. Três vertentes distintas marcam as origens da Psicologia enquanto ciência e profissão no
Brasil. Uma primeira ligada à produção científica nas Faculdades de Medicina do Rio e Bahia que não tardaram a gerar trabalhos de assistência psicológica a psicopatas, em hospícios. Esses "médicos-psicólogos" (17) não só introduziram entre nós idéias de estudiosos europeus (Freud, Kol¬ ler), como enveredaram pela aplicação de provas de nível mental, aptidões e outros testes. Uma segunda vertente é a pedagógica, sendo a Escola Normal de São Paulo e, particularmente, o prof. Lourenço Filho exemplos do