A LINGUAGEM A linguagem é um sistema simbólico e o homem é o único animal capaz de criar símbolos, isto é,signos arbitrários em relação ao objeto que representam e, por isso mesmo, convencionais, ou seja, dependentes de aceitação social. A linguagem é produto da razão e só pode existir onde há racionalidade. O nome torna presente para a nossa consciência o objeto que está longe de nós. Através das palavras podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade, podemos também passar adiante a cultura. Toda linguagem é um sistema de signos. O signo é uma coisa que está no lugar do objeto que ele representa. Se a relação é de semelhança, temos um signo do tipo ícone; se a relação é de causa e efeito, temos um signo do tipo índice. Já se a relação é arbitrária temos o símbolo. Os outros animais são capazes de entender ícones e índices. O cachorro, por exemplo, utiliza o signo indicial cheiro. Por ser um sistema de signos, toda linguagem possui uma seleção de signos que vão compô-la. Além disso, também é preciso que se estabeleçam as regras de combinação desses signos. Como último passo, a linguagem deve estabelecer as regras de uso dos signos. Só quando conhecemos o repertório de signos, as regras de combinação e as regras de uso desses signos é que podemos dizer que dominamos uma linguagem. Existem vários tipos de linguagens criadas pelo homem, como a linguagem verbal, matemáticas, linguagens de computador, artísticas, gestuais etc. Assim como existem diversos tipos de linguagem, existem diversos tipos de pensamento. Há o pensamento concreto, que se forma a partir da percepção, ou seja, da representação de objetos reais, e é imediato, sensível e intuitivo; e o pensamento abstrato, que estabelece relações não perceptíveis que cria os conceitos e as noções gerais abstratas, é mediato e racional. Podemos dizer que a estruturação da língua influencia a percepção da realidade e o nível de abstração e generalização do