Psicologia do idoso
A velhice é um processo pessoal, natural e inevitável para qualquer ser humano na evolução da vida. Nessa fase sempre acontecem mudanças biológicas , fisiológicas, psicossociais (psicológicas), econômicas e políticas que compõe o cotidiano das pessoas. Há duas maneiras de ocorrer essas mudanças : de forma consciente e tranqüila ou de forma intensa e depressiva. Existem fatores diretos e indiretos, responsáveis pelas dificuldades enfrentadas nessa fase da vida: pressões e preconceitos, doenças crônicas, perda do status socioeconômico-cultural e familiar Na história da psicologia do idoso, o foco no declínio é tão forte que o envelhecimento era relacionado a perdas e prejuízos funcionais após a maturidade. Até os anos 70 a psicologia e a gerontologia consideravam o desenvolvimento e o envelhecimento como processos opostos, mas hoje ambos são vistos como processos que coexistem ao longo do ciclo vital, embora com pesos diferentes na determinação das mudanças evolutivas que vulgarmente identificamos como perdas e ganhos. Assim, somente no final do século XX, as crises na idade adulta e nas idades mais avançadas só começaram a ser privilegiadas e a psicologia do desenvolvimento concentrou-se no estudo da constância e da mudança no comportamento ao longo da vida, desde a concepção até a morte (ontogênese), e, de acordo com pesquisas na área,ela nunca terá uma única proposta,e sim será apoiada em vários campos de especialização diante da complexidade das mudanças no ciclo vital.
II- História
O processo de envelhecimento tem sido considerado historicamente através de duas fortes e opostas perspectivas: uma que o reconhece como a etapa final da vida, a fase do declínio que culmina na morte; outra que o concebe como a fase da sabedoria, da maturidade e da serenidade. A idéia do envelhecer como uma etapa de perdas encontra-se difundida na população de um modo geral, mas também em estudos dessa fase específica do