PROCESSOS DE UMA LEI FEDERAL
Nilson Berenchtein Netto considera que a organização capitalista da sociedade colabora para que suicídios decorrentes de assédio moral sejam encobertos por Letícia Cruz, Rede Brasil Atual publicado , última modificação 22/04/2011 14:31
0 Comments
Para especialista, suicídio decorre da forma violenta em que as relações sociais se estabelecem (Foto: Sxc.hu)
São Paulo – Editado pelo Sindicato dos Químicos de São Paulo, o livro "Do Assédio Moral à Morte em Si - Significados Sociais do Suicídio no Trabalho" será lançado no próximo dia 28, no Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho. Além de focalizar o suicídio como resultado do assédio, a obra busca fundamentos para contrapor a argumentação criada de que adquirir transtornos em ambiente de assédio seria sinal de "fraqueza" do trabalhador.
A organização dos textos selecionados para a publicação é feita por três especialistas em saúde no trabalho. Margarida Barreto, médica do Trabalho e pesquisadora do Núcleo de Estudos Psicossociais de Exclusão e Inclusão Social (Nexin PUC/SP), Lourival Batista Pereira, coordenador da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente, e o psicólogo e Mestre em Psicologia Social pela PUC/SP, Nilson Berenchtein Netto. Em entrevista à Rede Brasil Atual, Netto fala sobre a abordagem do tema, as deficiências nos programas de orientação aos trabalhadores, entre outros pontos.
Confira a seguir a entrevista na íntegra.
RBA – O livro aborda um tema ainda delicado na visão da maioria das pessoas, que é o suicídio. Como esse assunto foi tocado?
Antes, a ideia era falar exclusivamente da questão do suicídio. Mas, conforme a gente foi escolhendo os autores e tendo mais participação, fomos vendo que era importante incluir questões ligadas ao assédio e a violência em um âmbito geral e mais especificamente no trabalho. Tem