Processo Penal

Os três primeiros capítulos buscam analisar e compreender a conduta criminosa, sendo eles mais vinculados à Psicologia Criminal. Os demais capítulos oferecem subsídios importantes que a partir da Criminologia Clínica, para se encarar de forma corajosa três questões: a análise da conduta criminosa e da pessoa que a praticou, a análise do cárcere em si e de tudo o que gravita em torno deste e, por fim, uma discussão sobre as estratégias de intervenção na busca da reinserção daquele que cometeu um crime ao convívio social. Assim, o primeiro capítulo, “Razões e perspectivas da violência e da criminalidade: uma análise sob o enfoque da criminologia clínica”, aborda a questão da violência à luz da Psicanálise, além de sugerir intervenções coerentes com essa teoria.

O primeiro capítulo, “Razões e perspectivas da violência e da criminalidade: uma análise sob o enfoque da criminologia clínica” aborda a questão da violência à luz da Psicanálise, além de sugerir intervenções coerentes com essa teoria. Os dois grandes dilemas do homem: o homem moderno e o homem globalizado vive a necessidade de vencer e ultrapassar os limites para se realizar independente de razão ou circunstância, ocorrendo as vezes conflitos com as lei essa tamanha necessidade em vencer em poder e capital atingindo assim seus próprios ideais.
A violência fundamental é aquela a qual todo o ser humano tem de ser submetido para se tornar sujeito. A violência se instaura no ser humano, desde os primeiros anos de vida. A criança vem ao mundo com uma completa dependência e o adulto, ao atender as necessidades desta criança, introduz a noção de exterioridade. Este mesmo ser que o cuida também o priva, na sua ausência, enunciando suas carências e sua extrema dependência. Portanto, ao mesmo tempo em que atende suas necessidades, a mãe violenta o bebê, ao dar tudo àquilo que ele precisa.
O segundo capítulo, “Concepção de crime como expressão de uma história de conflitos: implicações na reintegração social dos