Princípios do treinamento desportivo aplicados ao treino de hipertrofia
1- Princípio da adaptação –
Nosso organismo vive em um estado dinâmico de equilíbrio, ele vive sempre se adaptando em relação ao meio. Sempre que esse equilíbrio sai da nossa ‘normalidade’ o sistema faz com que volte ao estado de equilíbrio novamente. Chamamos isso de auto organização. Esta tendência em superar desafios externos por meio de mudanças estruturais é a base do princípio da adaptação, dentro do treinamento desportivo.
Vale lembrar que essa adaptação não é imposta pelo meio, mas sim pelo próprio sistema. Portanto os resultados dos treinamentos não são consequências somente dos estímulos oferecidos, mas também da reação do organismo a estes estímulos.
2- Princípio da Continuidade –
Nosso sistema é dinâmico e instável, a todo instante ele está se adaptando às demandas do meio interno e externo buscando o estado de equilíbrio. Para que esse estado sistêmico seja mantido é necessário que se forneçam continuamente estímulos que o justifiquem.
Dentro do treinamento desportivo, a base para o princípio da continuidade, determina que o treinamento deve ser repetido e ter sua estruturação ajustada continuamente a fim de que sejam assegurados os resultados de longo prazo.
No treinamento de força com o objetivo de ganho de massa muscular, isso é evidente, pois a massa muscular mantida pela maioria dos atletas excede muitas vezes a quantidade necessária para realizar atividades diárias rotineiras. Como o tecido muscular é exigente no que diz respeito a termos metabólicos, ele aumenta a necessidade de consumo calórico, algo que seria pouco útil para sobrevivência em condições primitivas. Deste modo, quando os estímulos são interrompidos, o corpo cuida de se livrar do que é considerado desnecessário.