Preâmbulo ao estudo da história da arte
Aluno do crítico e historiador da arte Lionello Venturi, destacou-se internacionalmente a partir da década de 30 com estudos sobre a arte medieval e renascentista (L'architettura preromanica e romanica in Italia, 1936; L'architettura del Due e del Trecento in Italia, 1937). Remontam à década de 50 seus estudos sobre Brunelleschi (1951), Gropius e a Bauhaus (1951, traduzido pela Editorial Presença), Beato Angelico (1955), Botticelli (1957). Em 1959 sucedeu a Venturi na cátedra de história da arte moderna, na Universidade de Roma. Publicou numerosas monografias e coletâneas de ensaios, entre elas História da arte como história da cidade (1983, traduzida pela Martins Fontes). Muito ativo politicamente, elegeu-se prefeito de Roma em 1976, e senador em 1983, pelo Partido Comunista Italiano. Seu último trabalho foi Michelangelo architetto (1990).
1. O Campo da Arte. O campo fenomenal da arte é dificilmente delimitado: cronologicamente, compreende manifestações que vão da mais remota pré-história até aos nossos dias; geograficamente, todas as áreas habitadas da comunidade humana, qualquer que seja o seu grau de desenvolvimento cultural. Consideram-se atividades muito diferentes entre si: não apenas as artes chamadas visuais, (…) mas também a poesia, a música, a dança, o espetáculo, a jardinagem. (p. 13)
Pode considerar-se obra de arte um complexo monumental e até uma cidade inteira, e podem considerar-se obras de arte em mesmas as coisas que constituem aqueles conjuntos. (...) No extremo oposto da escala dimensional, podem ser arte as miniaturas ou as gravuras que ornamentam a página de um livro, as pedras preciosas, as moedas, etc. (p-13)
Nem sequer as técnicas servem para qualificar de artísticos os seus produtos: quase todas as técnicas praticadas pelo homem têm produzido por