Preconceito de Crochik
Segundo José Leon Crochik (1995), a construção de um indivíduo está diretamente ligada à sua cultura, a qual, por sua vez, pode favorecer a presença de preconceitos, o qual se manifesta individualmente, pois ele corresponde às necessidades irracionais de cada indivíduo, a cultura luta contra a ignorância e a gera junto ao saber. Porém, existem diversas complicações inerentes ao conceito de preconceito, vejamos um pouco à seguir. (Crochik, J. L., 1995)
As relações entre os indivíduos são sempre mediadas pela cultura, e o indivíduo é fruto dessa mediação, sendo que a cultura pode facilitar, mas também dificultar o desenvolvimento do indivíduo, sendo esse um produto da cultura, mas que se diferencia dela por sua singularidade. Os esteriótipos são preconceitos culturais. "As idéias sobre o objeto do preconceito não surgem do nada, mas da própria cultura" (Crochik, J. L., 1995, p. 14)
O preconceito surge no processo de socialização, como uma resposta aos conflitos gerados por essa (necessidade de adaptação, sobrevivência, entre outros), surge como uma característica do preconceituoso, que tende a distorcer as características de um determinado objeto, e tem suas bases nos esteriótipos. É caracterizado pela ausência de reflexão e experiência (as bases da construção de um indivíduo), baseando-se na ruptura com o mundo, que para o preconceituoso, é ameaçador. O preconceito acaba por dizer mais respeito ao ser preconceituoso do que ao alvo desse indivíduo.
Embora esse seja um fenômeno também psicológico, aquilo que leva o indivíduo a ser ou não ser preconceituoso pode ser encontrado no seu processo de socialização, no qual se transforma e se forma como indivíduo [...] A sua manifestação é individual, assim como responde às necessidades irracionais do indivíduo, mas surge no processo de socialização como resposta aos conflitos aí então gerados. (Crochik, J. L., 1995, p.13)
Dispõe que o indivíduo se constitui em uma identidade, e que não a tem