psicologia

O Preconceito dos Estudantes de Psicologia em Relação ao Louco.
Autora: Karen Danielle Magri Ferreira – [e-mail]
Filiação: Universidade Presbiteriana Mackenzie
1. Introdução
O presente trabalho teve como objetivo desenvolver uma escala para identificar a presença de atitudes de preconceito nos estudantes do quarto ano do curso de psicologia em relação ao louco. O trabalho baseia-se principalmente nos autores da teoria crítica da sociedade para refletir sobre o tema, pois os autores realizaram estudos em que puderam afirmar que o preconceito é formado por elementos racionais e irracionais e, como a escala busca analisar esses aspectos, esta é a teoria que melhor fundamentará a pesquisa. Tal objetivo se deu em observação aos comportamentos dos alunos em visitas às instituições manicomiais em que esses manifestavam atitudes de preconceito em relação ao louco.
Segundo Horkheimer e Adorno (1973) o preconceito é um fenômeno psicológico cuja manifestação é individual e responde às necessidades irracionais do indivíduo preconceituoso.
A partir do processo de constituição da subjetividade do indivíduo e do próprio processo civilizatório, encontra-se a barbárie que se pode indicar como a raíz do preconceito (FREUD,
1997). Adorno (2000) entende por barbárie o fato de as pessoas encontrarem-se tomadas por uma agressividade e um ódio primitivo ou um impulso de destruição. O autor ainda cita que a barbárie seria advinda de uma educação repressora em que o sujeito apenas reproduz ideologias1 e representações sociais presentes em sua cultura.
A constituição da subjetividade, segundo Crochíck (2006), ocorre de forma dialética no desenvolvimento psíquico do sujeito em relação à cultura e aos processos sociais. Não se trata do modo pelo qual o indivíduo reage aos estímulos do ambiente, mas como os grupos sociais constroem diferentes significados, possibilitando elaborações individuais, e criando um movimento dialético em que o sujeito forma