Por um ensino que deforme
Se estamos na pós-modernidade, qual a relevância e posicionamento de antigas instituições que surgiram em épocas passadas e como as mesmas se mantêm? Se abandonamos a sociedade de disciplinas, e vivemos em uma sociedade de controle, qual a funcionalidade de instituições tão ultrapassadas? E quais as mutações nessas instituições e nos indivíduos que a compõe?
A escola foi a meais bem sucedida instituição criada na modernidade com a função de formação e transformação de indivíduos, que continuam a existir mesmo na pós-modernidade, e que possui em “status social” considerável, se comparado à outras instituições modernas como o manicômio, e que sofre constantes abalos e ameaças de extinção e revolução;
O posicionamento do educador em relação à escola é um dos mais pautados em discussões; em decorrência de mudanças sociológicas, a profissão docente caiu em desprestígio, provavelmente antes da instituição que o emprega, e foi um indício de que a legitimidade estava (e está) em risco, e esse desprestígio pode ser observado em sua baixa remuneração, no status social que o mesmo vem a possuir.
Dentre as mais variadas formas de “escola”, a Escola Moderna foi idealizada para educar com princípios embasados na razão, no desenvolver as capacidades do indivíduo; basicamente, a Escola Moderna buscava fazer do ser humano um ser consciente de si e do universo.
Porém, a escola em geral se mostrou uma instituição com bases no ensino massificado, deficiente; vinda a partir da tentativa estatal de interferir na educação do individuo, levando dos pais a função de educar, massificando cada vez mais os alunos.
A “crise” se dá no momento em que indivíduos das classes menos favorecidas conseguem adentrar nas instituições de ensino, que são dirigidas exclusivamente para a elite; o desnível social é o principal causador da crise na educação, e devido o aumento de tecnologias de informação e o crescente acesso à elas, o