petição inicial
II TRIBUNAL DO JÚRI
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, por seu Promotor de Justiça que oficia perante este D. Juízo, no exercício de suas atividades, com base no inquérito policial anexo, vem à presença de V. Exa., oferecer
DENÚNCIA em face de
João Gomes, brasileiro, casado, profissional da área jurídica, residente e domiciliado na Rua Santa Leocádia, nº 138, apto 62, Vila Izolina Mazzei, cidade de São Paulo, e Serafina Silva, brasileira, casada, dona de casa, residente e domiciliada na Rua Santa Leocádia, nº 138, apto 62, Vila Izolina Mazzei, Cidade de São Paulo, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
DOS FATOS
Conforme o inquérito policial em anexo, no dia 29 de março de 2014, em São Paulo ocorreu o assassinato de Aline. A vítima foi submetida a variadas agressões, dentre elas esganadura, e faleceu devido poli traumatismo e asfixia, segundo os laudos médicos. Aline, seu pai, sua madrasta e os dois filhos do casal, um de onze meses e outro de três anos, passaram o dia na casa dos pais da ré, em uma festa. Testemunhas afirmam que as agressões à Aline começaram nesta mesma comemoração.Ela teria feito algo que desagradou o pai e este a advertiu de que as agressões continuariam em casa.
Por volta das vinte e três horas e trinta e seis minutos, o carro do réu, um Ford Ka de cor prata foi estacionado na garagem do edifício em que morava. Uma testemunha afirma que o casal discutia.
Os laudos periciais permitem afirmar que a menina já estava ferida quando chegou ao edifício. Ela estava com a testa lesionada por um objeto pontiagudo, semelhante a uma chave. A madrasta virou-se para trás e desferiu o golpe com a mão esquerda. No carro iam: o pai da garota, dirigindo, a madrasta no banco do passageiro, o irmão maior atrás desta, o menor na cadeirinha atrás do pai e Aline no meio. Foram encontrados traços de sangue no encosto do banco do motorista, na lateral esquerda da cadeirinha e no assoalho