Percepções dos alunos e professores de Matemática
INTRODUÇÃO
Com o trabalho intitulado “Análise das percepções dos professores e alunos sobre o papel de cada interveniente no processo de ensino e aprendizagem de matemática”, pretende-se identificar as percepções dos professores de matemática e dos alunos do ensino secundário sobre as expectativas de cada um dos actores, nas aulas de matemática. A inclusão de professores e alunos no mesmo estudo, visa confrontar as percepções e expectativas de cada interveniente sobre o papel de cada um no processo de ensino e aprendizagem.
GUTT (1999) define a percepção como sendo o conhecimento geral criado pela interacção entre um agente e o seu ambiente; por sua véz, LEDER e GROOTENBOER (2005) definem a percepção como sendo uma representação interna individual sobre as coisas ou fenómenos, onde o individuo atribui veracidade, validade e aplicabilidade. A percepção é estável, sob o ponto de vista de que não é facilmente alterável e comporta uma dosagem cognitiva alta e está geralmente bem estruturada pelo indivíviduo. As nossas percepções porque se tornam “verdades–pessoais” influênciam e dirigem as nossas decisões e acções do dia a dia. Segundo PAJARES (1992), as percepções podem ser discortinadas a partir das afirmações ou acções do indivíduo. Mas também, se reconhece que o indivíduo pode ostentar um certo tipo de percepções e não conseguir articular para o público e em alguns casos ele próprio pode não estar ciente de que possui certo tipo de percepção (BUZEIKA, 1996).
No processo de ensino e aprendizagem da matemática, o estudo das percepções tanto dos professores como dos alunos é um assunto muito importante. Já que as percepções têm o poder de dirigir as acções dos professores e dos alunos na sala de aulas (PAJARES, 1992), pode-se pesquisar as suas percepções para se poder identificar as acções destes na sala de aulas.
A matemática que se ensina na sala de aula não devia ser analisada apenas em termos da qualidade e complexidade dos conteúdos. A