Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, 25ª Ed.
Em seu livro “Pedagogia da Autonomia”, Paulo Freire elenca saberes que segundo ele são indispensáveis para os educadores. Principalmente estes que seguem uma corrente mais progressista da educação, contudo sem deixar um grupo mais conservador de lado.
Nesse contexto, Freire aponta para a relação contínua entre teoria e prática. E faz uma ressalva importante para recém- formados, o de que o ato de “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. Dessa forma, nos aponta a importância de vermos o formador como um ser em constante formação, e o discente como um ser também em constante formação, porém, um ser ativo que além de ter conhecimentos prévios, a esses são aplicados novos conhecimentos e que todos envolvidos possuem a capacidade de “re-formar” o conhecimento que fora passado.
Para Freire, o “educador democrático” deve aguçar o senso crítico, sua curiosidade e sua atenção às problemáticas propostas, no qual está ligada a uma rigorosidade metódica. Levando a frente à possibilidade de se aprender utilizando um aprendizado crítico Freire menciona que, “essas condições implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes, e persistentes”.
Dessa forma, vemos que a importância do docente não está apenas restrito ao ato de ensinar, mas também a ensinar a pensar certo. Ou seja, é preciso romper com a ideia de um ser reprodutor – memorizador, daquele que não participa criticamente do mundo que está inserido, absorvendo relações com a sociedade. Assim, o pensar certo, mesmo que muitas vezes esteja errado é o melhor caminho a ser seguido no que concerne a uma educação mais ativa e democrática.
Nesse interim, ao propor uma discussão mais crítica de mundo e daquilo que está sendo avaliado, é possível