PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: saberes necessários à prática educativa
UNOESC – Campus de Videira
Curso: Pedagogia – 5ª fase
Acadêmica: Priscila Alves de Oliveira da Costa
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: saberes necessários à prática educativa
Paulo Freire
Capítulo 1 – Prática docente: primeira reflexão
A reflexão crítica da prática é uma exigência da relação teoria-prática, para que a teoria não vire apenas palavras, e a prática, ação. É preciso considerar a experiência do educador como um processo, onde no dia-a-dia ele recebe conhecimentos e vivência experiências com o aluno.
Ensinar não é transferir conhecimentos e conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma e alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Só existe ensino quando este resulta num aprendizado em que o aprendiz se tornou capaz de recriar ou refazer o ensinado, ou seja, em que o que foi ensinado foi realmente aprendido pelo aprendiz. Esta é a vivência autêntica exigida pela prática de ensinar-aprender. É uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética.
1. ENSINAR EXIGE RIGOROSIDADE METODOLÓGICA: O educador democrático, crítico, em sua prática docente deve forçar a capacidade de crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão e, ele precisa ser um criador, instigador, inquieto, rigorosamente curioso, humilde e persistente. Deve ser claro para os educandos que o educador já teve e continua tendo experiência de produção de certos saberes e que estes não podem ser simplesmente transferidos a eles. É impossível tornar-se um professor crítico, aquele que é mecanicamente um memorizador, um repetidor de frases e idéias inertes, e não um desafiador. Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos do ciclo gnosiológico: o momento em que se ensina e se