Resenha Crítica de Pedagogia de Autonomia: saberes necessários à prática educativa
CENTRO DE CIÊNCIA EXATAS DA TERRA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SÓCIO-FILOSOFICO DA EDUCAÇÃO
DOCENTE: PROF. CHRISTOMYSLLEY ROMEIRO
DISCENTE: JULYANA CARDOSO CARVALHO
RESENHA: FREIRE, Paulo. Pedagogia de Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (146 páginas.)
Paulo Freire em seu Livro Pedagogia da Autonomia (1996), composto de três capítulos coesos e com tons extremamente críticos, tem como foco principal discorrer sobre o papel do docente em incentivar a autonomia do ser dos educandos, tendo como base a prática educativo-progressiva, fundada na ética e na própria autonomia do educando, assim como na formação humana na dimensão social. O autor, carregado de experiências ilustres e estudos teóricos, tenta transmitir para o leitor direcionamentos pedagógico-educativos para a formação de discentes, como o próprio relata “me acho absolutamente convencido da natureza ética da prática educativa, enquanto prática especificamente humana”. (p. 17) E é por meio deste pensamento que se dá a introdução à leitura da obra.
No primeiro capítulo “Não há docência sem discência” o autor inicia seu discurso afirmando que assim como para cozinhar e velejar são necessários saberes fundamentais, para educar o discente em seu programa de formação acadêmica deve ter contato com certos tipos de conhecimentos teóricos relevantes, os quais através da prática serão firmados. É destacado também dentre estes conhecimentos prévios a noção de que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (p.22), pensamento este que condiz com a formação educativo-crítica defendida por Paulo Freire. O termo “curiosidade epistemológica” criado pelo próprio autor, baseado no pensamento de François Jacob, traduz o resultado de um aprendizado crítico, o qual induz o aluno a uma esfera de busca pelo conhecimento. O ambiente de ensino