Os paradigmas teóricos sobre os movimentos sociais
Os paradigmas teóricos sobre os movimentos sociais urbanos
1. O Paradigma Histórico-estrutural
Este paradigma atribui às contradições do capitalismo um lugar central na eclosão e no desenvolvimento das lutas dos movimentos. As categorias básicas deste paradigma são as necessidades do sistema de acumulação, a estrutura econômica da sociedade e os processos sociais explicados basicamente pelo entrechoque das contradições na história. Os fundamentos básicos do paradigma histórico-estrutural advém da teoria marxista. Na análise econômica, a teoria do valor é a base principal. Na política, utilizam-se fundamentalmente as elaborações de Antonio Gramsci e, para a análise do papel do Estado, as contribuições de Poulantzas. Para o paradigma histórico-estrutural, a questão principal decorre da articulação entre as carências, as necessidades, as demandas e as contradições. Os partidos políticos e as conjunturas políticas desempenham papel importante na eclosão das lutas, mas suas causas são sempre de origem estrutural. Sendo assim, o estudo da infra-estrutura econômica da sociedade e a análise da articulação das classes sociais tornam-se questões prioritárias. Suas correntes teóricas são:
1ª) A corrente estrutural, de M. Castells, Jordi Borja: Enfatiza as práticas e as estruturas sociais. Os movimentos sociais são vistos como ações fundamentais para a democratização do Estado, e a emergência desses movimentos é vista em função da incapacidade estrutural do Estado de atender as demandas coletivas no urbano, particularmente as relativas aos bens e equipamentos de consumo coletivo. Os movimentos sociais seriam a resposta dos grupos e das organizações à situação de carência e de necessidades não-atendidas. 2ª) A corrente histórico-estrutural, de Jean Lojkine M. Lung etc.: A luta de classes são se restringiriam à esfera de produção, mas perpassariam todo o modo de produção, tendo grande importância no interior dos aparelhos