Manifestações sociais histórico
A fundamentação teórica parte de três obras de Maria da Glória Gohn, embasada em vários teóricos que estudaram sobre os movimentos sociais em diferentes espaços de tempo. Teorias do Movimento Sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos (Loyola, 2012) Novas Teorias dos Movimentos Sociais (Loyola,2012) e Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo (Vozes, 2013). A educação não se resume à esfera pedagógica, realizada na escola propriamente dita. Há aprendizagens e produção de saberes em outros espaços, aqui denominados de lugares de educação não formal. Portanto, trabalha-se com uma concepção ampla de educação. Um dos exemplos de outros espaços educativos é a participação social em movimentos e ações coletivas, o que gera aprendizagens e saberes. Há um caráter educativo nas práticas que se desenrolam no ato de participar, tanto para os membros da sociedade civil, como para a sociedade mais geral, e também para os órgãos públicos envolvidos – quando há negociações, diálogos ou confrontos.
Uma das premissas básicas a respeito dos manifestos e movimentos sociais é: são fontes de inovação e matrizes geradoras de saberes. Entretanto, não se trata de um processo isolado, mas de caráter político-social. Por isso, para analisar esses saberes, deve-se buscar as redes de articulações que as mobilizações estabelecem na prática cotidiana e indagar sobre a conjuntura política, econômica e sociocultural do país quando as articulações acontecem. Essas redes são essenciais para compreender os fatores que geram as aprendizagens e os valores da cultura política que vão sendo construídos no processo interativo.
Para compreender essa onda de movimentos e manifestações sociais, além de identificar as especificidades e diferenças do povo em ação, há uma questão significativa. Por que uma grande massa da população adere aos protestos? Ou seja: O que são movimentos sociais? Que sentido e significados essas pessoas