A crise dos paradigmas na sociologia - Otávio Ianni
Teoria sociológica (metrado em ciências sociais) 02/04/2013
Fernando Henrique Sousa Araújo
Instrodução:
- A crise de paradigmas – ou modelos, ou teorias – é tema geral nas diversas áreas das ciências sociais, e central após a segunda guerra mundial.
- “[...] Além dos êxitos reais ou aparentes, das modas que se sucedem, dos desenvolvimentos efetivos do ensino e pesquisa, da produção de ensaios e monografias, manuais e tratados, subsiste a controvérsia sobre a crise da explicação na sociologia.”(1)
- Fala-se na sociologia de decomposição dos modelos clássicos (positivismo, materialismo-histórico, etc.) e da obsolescência de seus conceitos explicativos (classe, consciência coletiva, etc.); a sociologia deveria se voltar para o ator social, a ação social, movimento social, identidade, etc.
- T. H. Marshall (1967) falou da necessidade de formulação de “conceitos intermediários” que se focassem as realidades locais e os problemas quotidianos/setorizados. O estudo mais eficaz seria o das estruturas sociais específicas e dos processos básicos da sociedade (Marshall, 1967, p. 32). Na linguagem de Marshall (1967) “pontos de apoio intermediário”, na de Mannheim (1949) “principia media” e segundo Merton (1951) “teorias de alcance médio”. (1)
- A problemática do novo paradigma se espalha. Bourricaud (1975) propõe a retomada do “individualismo metodológico” e da “escolha racional” como paradigmas para superar os clássicos. Tourraine (1984) afirma que as “grandes teorias” dos clássicos abrangem objetos amplos como “Estado” e “classe” o que esconde os seres reais existentes, limita a ação social à posição social dos indivíduos. A solução para Tourraine (1984) é eleger como objeto a ação social, o sujeito social e o movimento social. Esta seria uma mudança na ciência social pela crise de um paradigma e nascimento de outro.
- Argumentam outros que o