ORGANIZAÇÃO SOCIAL NO BRASIL
ROTEIRO DE ATIVIDADES 1
O Pensamento Social Brasileiro
Na época em que foram publicados os livros de Caio Prado jr., Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre o Brasil estava numa encruzilhada: o século XIX havia ficado para trás, mas o jogo político e as marcas da escravidão estavam ali presentes para quem quisesse ver. Esses autores aceitaram o desafio e inovaram na maneira de olhar para o futuro do país, incorporando a História, a Sociologia e a Economia. Ao fazerem isso romperam com um conhecimento gerado ainda no século XIX e que teimava em se manter.
Até então o Brasil fora visto como um grande laboratório onde a experiência em curso era o contato entre povos totalmente diferentes entre si: o habitante nativo, o europeu colonizador e o africano escravizado.
A colonização fora uma forma de levar a civilização aos lugares mais atrasados. Como contrapartida, essas regiões passaram a abastecer o mercado europeu com alguns produtos novos (pau brasil, especiarias, cana-de-açúcar) e outros nem tanto, apesar de valiosos como o ouro e a prata.
O que ninguém contava era com a possibilidade de uma interação entre povos tão diferentes; primeiro o europeu se misturando com o índio e depois com os escravos trazidos da África. Qual seria o povo formado nesses territórios?
A incógnita que os pensadores se colocavam ao longo do século XIX era: o que vai ser de uma nação constituída dessa maneira?
O conhecimento científico sobre as populações naquela época era baseado numa associação entre teorias da evolução (uma espécie de darwinismo social) e um conjunto de preconceitos com base na aparência do indivíduo, resumidos na palavra “raça” (naquela época o racismo das explicações sobre o comportamento individual ainda era bastante comum).
Dessa forma, considerando que as populações evoluem ao longo do tempo, imaginava-se os europeus como um estágio civilizatório mais avançado, enquanto que, no