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A violência doméstica é uma chaga social que atinge a vida da mulher em todos os aspectos seja no trabalho, no seu lar e na convivência com as pessoas. Além disso, a agressão seja física, psicológica, sexual ou moral caracteriza uma violação aos direitos humanos. Segundo uma pesquisa realizada pelo Banco Mundial, um em cada cinco dias de falta ao trabalho é causado pela violência sofrida dentro do lar (Ribeiro e Coutinho, 2011), assim podemos concluir que isso gera na mulher reais transtornos, principalmente psicológicos causando medo e insegurança, deixando-a incapaz de realizar suas atividades diárias. A Lei Maria da Penha, que atua na prevenção e na proteção da vítima, tem modificado esse cenário de impunidade ao agressor. Atualmente, temos no Brasil mais de 300 delegacias especializadas (Debert & Oliveira, 2007), mas o problema é que apesar do número de delegacias a impunidade é notória com relação a esses agressores. Muitas vezes a denúncia é descartada pelo número de processos existentes, ficando a mulher desprovida de assistência e exposta a novas agressões. A Fundação Perseu Abramo realizou uma pesquisa em 2001 e concluiu que a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil e mais de 2 milhões de mulheres são espancadas por seus parceiros. Concluímos, assim, que nosso sistema judiciário ainda é muito falho e precisa de mudanças e ampliações para atender a todos os casos que chegam diariamente.

A violência doméstica é um problema que atinge milhares de crianças, adolescentes, e mulheres. Esta página começava com essas palavras, até que recebi e-mail de um leitor ressaltando a falha e injustiça de excluir, do rol dos prejudicados, os homens. Portanto, podemos começar de novo dizendo que: A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente.

Trata-se de um problema que acomete ambos os sexos e não costuma obedecer nenhum nível social, econômico, religioso ou