Não é possível dar lhes liberdade intelectual
POIS NÃO POSSUEM INTELECTO.
Ranielle Calais
RESUMO
O artigo tem por finalidade de levar à análise a questão da manipulação que os meios de comunicação exercem sobre a sociedade. Dentro dessa proposta, é colocada em paralelo a temática do livro 1984 de George Orwell, a força da indústria cultural, sua importância e impactos que ela causa em nosso dia-a-dia.
INTRODUÇÃO
O conhecimento como meio de dominação e manipulação. É remoto o tempo em que se percebeu a conveniência em utilizar a informação de acordo com seu bel prazer e utilizar como instrumento de dominação, poder e exploração. E isso se refere a toda e qualquer forma de conhecimento, vide, Linguagem, Poder e Discriminação
(Maurizio Gnerre).
Quando o antropólogo, Pierre Bourdieu, teorizou o conceito de capital cultural, é disso que ele se referia. O capital cultural, o conhecimento, é um princípio de diferenciação/discriminação tão forte quanto o capital econômico - o dinheiro.
A razão instrumental conceituada pelos membros da Escola de Frankfurt nos deixa bem claro que na medida em que a razão se torna instrumental ela se afasta de sua essência. Ou seja, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos para tornar-se instrumento de exploração. A morte do puro âmbito do saber para uma razão prática e utilitária. Contudo, este artigo não visa esclarecer os porquês, e sim analisar essa questão a partir da perspectiva de ‘1984’ o célebre livro de
George Orwell.
Em seu livro Orwell nos retrata uma sociedade fictícia em que todos são completamente manipulados em favor dos desejos do partido, onde os personagens são até proibidos de racionalizar. São vários os ministérios. Por exemplo, o ministério da verdade manipula e distorce as informações da forma que desejar, e todos simplesmente acreditam. Dado pelo fato de que eles são a única fonte de informação, logo, acredita-se que o que eles afirmam, de fato acontece - o