psicologia
O existencialismo é um humanismo é o texto estenografado, pouco retocado por Sartre, de uma conferência que ele proferiu em Paris, em outubro de 1945, com o objetivo de “animação literária e intelectual”, o texto foi publicado no ano seguinte pelas Éditions Nagel.
Os dois primeiros volumes dos Caminhos da liberdade, estavam obtendo um sucesso misturado com escândalo. Seu personagem principal s foi considerado frívolo ou cínico. Sartre acreditava que o que incomodava em seus personagens, era a lucidez. Então, não era tão evidente que se tratasse do drama intelectual e moral de uma consciência em formação, cuja evolução não está completa no final do segundo volume.
Quanto as críticas expressadas pelos intelectuais, que não se furtavam à injúria, essas não procediam ainda de um exame muito aprofundado de O ser e o nada, os cristãos, para além do seu ateísmo, acusavam Sartre de ser materialista , os comunistas, por não sê-lo; os primeiros o reprovavam por “colocar arbitrariamente a primazia no em si mesmo”, os segundos o taxavam de subjetivismo.
Sartre aceitou dar essa conferência, para apresentar ao público uma exposição coerente e mais justa de sua filosofia.
Não foi um raciocínio teórico que levou Sartre a querer a reaproximação. O ser e o nada tinha amadurecido ao longo de anos, ele o elaborou em uma espécie de euforia solitária durante os períodos de ócio forçado por causa da “guerra bizarra” e do Stalag; mas toda essa potência intelectual empregada na descoberta de uma verdade sobre o ser e sobre o homem no mundo não o impediu de sentir sua impotência sob a ocupação. Se ele aspira à ação coletiva, é porque experimentou o peso da história e reconheceu a importância do social. Em outubro também foi publicado o primeiro número dos Tempos Modernos, esta revista, pretende dar apoio às