FILOSOFIA POLÍTICA MODERNA: LOCKE E ROSSEAU
Leana Ribas Rodrigues Verussa – UEM - Nead
Desde a antiguidade até o mundo contemporâneo o homem busca entender o mundo em que vive e suas relações, dessa forma surge a filosofia que auxilia nessa investigação. Desde o início da filosofia vários autores se levantaram com investigações acerca do mundo e sua sociedade. Neste texto vamos estudar o pensamento político e educacional de John Locke e de Jean-Jacques Rousseau.
Os autores possuem uma característica em comum, pois partem do princípio de uma sociedade livre, onde não existia o estado, momento esse chamado de estado de natureza. Em um segundo momento, esses autores por motivos diferentes resolvem criar o estado. O momento do contrato social, onde cada indivíduo abria mão da sua liberdade e transferia esse poder para uma organização social.
Os autores viveram fases distintas da idade moderna, a visão de cada um está vinculada a classes sociais diferentes, adotam concepções de ser humano diferente, consequentemente, pensamentos políticos e educacionais com semelhanças, mas diferentes.
John Locke estava preocupado com a educação da classe burguesa da Inglaterra, porque o momento era de consolidar os princípios burgueses para assumir o poder da Inglaterra. O poder era gerido pelo Absolutismo (centralização do poder na mão do rei) e Mercantilismo (o estado ditava as regras da economia). A organização social era dividida entre o Clero e a nobreza, no terceiro estado estava a burguesia, que pagava os seus impostos, mas não tinha nenhum poder.
É travado um embate entre o parlamento (burguesia) e a realeza. Processo este que resultou na revolução gloriosa e a vitória do parlamento, a burguesia conquistando os seus direitos. Para os burgueses a revolução gloriosa representou a restrição do poder dos monarcas absolutistas; o parlamento passa a ter o poder de legislar; a tolerância religiosa e liberdade de culto; a preservação dos direitos individuais,