CONTRATUALISMO E A QUESTÃO DA SOBERANIA: HOBBES, LOCKE E ROUSSEAU
SILENE PEREIRA SILVA
VANESSA PROFIRIO
O Contratualismo e a questão da soberania: Hobbes, Locke e Rousseau
PARANAGUÁ
2014
1. VIDA E OBRA
1.1. Hobbes
Filho de um vigário anglicano que, forçado a deixar o condado por causa de uma briga, abandonou os três filhos aos cuidados de seu irmão, e, aos 4 anos, Hobbes começou a ser educado na igreja de Westport, passando por duas escolas e seguindo, aos 15 anos, para Oxford, onde mais tarde freqüentou a universidade.
Foi preceptor do futuro conde de Devonshire, William Cavendish, iniciando a sua longa relação com essa família. Tornou-se companheiro do aluno, e em 1610, visitaram juntos a França e a Itália, e, durante a viagem, Hobbes verificou que a filosofia de Aristóteles estava perdendo influência, devido às descobertas de Galileu e Kepler, que formularam as leis do movimento planetário.
No retorno à Inglaterra, Hobbes decidiu tornar-se um estudioso dos clássicos, tendo realizado uma tradução da "História da Guerra do Peloponeso", de Tucididas, publicada em 1629. Viajando novamente para o estrangeiro, Hobbes foi chamado à Inglaterra, em 1630, para ensinar outro jovem Cavendish.
Assim, na terceira viagem ao continente, com seu novo pupilo, Hobbes se encontrou com o matemático e físico Mersenne e, depois, com Galileu e Descartes. Descobriu os "Elementos", de Euclides, e a geometria, que o ajudaram a clarear suas idéias sobre a filosofia.
Retornou à Inglaterra em 1637, às vésperas da guerra civil. Decidiu publicar primeiro o "De Cive", que circulou em cópia manuscrita em 1640 com o título "Elementos da Lei Natural e Política", onde em 1640, retirou-se para Paris, onde passou os onze anos seguintes. Procurou o círculo de Mersenne, escreveu "Objeções às Idéias de Descartes" e, em 1642, publicou o "De Cive".
Após 4 anos,o príncipe de Gales, o futuro Carlos II, em Paris, convidou-o para ensinar-lhe