indio
- Fale garoto, o que está fazendo aí parado nos olhando? – Disse o Saci.
- Nada, só estou apreciando a “obra de arte” que vocês resolveram fazer com meu povo. – Respondeu o índio.
- Pois bem, sinto que ficou admirado com o nosso trabalho. – Provocou Boitatá com um leve sorriso no canto da boca.
- Na verdade tentei apreciar, mas não gostei de nada do que vi. E sabe o que costumo fazer com as tentativas de arte que para mim são falhas? Eu destruo! – Gritou o índio disparando para cima das bestas.
O índio correu em linha reta com um machado em cada mão enquanto as três bestas apenas observavam a aproximação do humano. Até que o Saci se adiantou.
- Deixem comigo, vou acabar com essa palhaçada!
Então o saci que pulava com sua única perna para se equilibrar, pois perdeu a outra em uma luta de capoeira antes de ser aprisionado no totem, tirou seu cachimbo do bolso e assoprou pela piteira fortemente, e rapidamente pelo fornilho foi surgindo um redemoinho que foi aumentando até alcançar mais ou menos três metros de altura. Então o Saci pulou para dentro do furacão, e começou a ir em direção ao pequeno índio que ao perceber o que estava acontecendo parou de avançar e resolveu pensar em qual seria seu próximo passo. O Saci logo percebeu a confusão que acontecia dentro da mente de Toriba e direcionando o redemoinho na direção do índio, deu um mortal para trás deixando com que seu círculo de vento fizesse o resto do trabalho. Toriba então com uma reação instintiva de sobrevivência, se jogou para o lado e escapou por um triz de ser jogado para longe contra as árvores pelo redemoinho do Saci.
- Acabe com isso logo! – Exclamou Boitatá impaciente.
Enquanto o menino levado de uma perna só se divertia ao atacar o índio, as outras duas bestas estavam apenas observando, Boitatá impacientemente com seu temperamento fervoroso, e o Lobisomem com sua aparência assassina.