neurofibromatose
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS
DISCIPLINA DE GENÉTICA BÁSICA
Neurofibromatose tipo 1: do genótipo ao fenótipo
Ana Luiza Berwanger da Silva*
Cássia Gomes da Silveira*
Melissa Pacheco do Nascimento*
Tamara Azambuja da Silva*
Carolina Dutra**
* Acadêmicas da 4.ª série da FFFCMPA
** Acadêmica da 5.ª série da FFFCMPA
Porto Alegre, novembro de 2001
RESUMO
A Neurofibromatose tipo 1 (NF1), também chamada de neurofibromatose periférica ou Doença de von Recklinghausen, caracteriza-se como uma doença autossômica dominante com alto grau de variabilidade da expressão clínica. Apesar de possuir penetrância de 100% em adultos, há uma penetrância relacionada à idade para um conjunto de sinais clínicos. A NF1 ocorre entre 1:3.000 e 1:5.000 nascidos vivos). Metade dos casos representam mutações novas, e a taxa de mutação para o gene NF1, 1/10.000, está situada entre as mais altas já descritas para qualquer gene conhecido em seres humanos. As três principais manifestações – neurofibromas, manchas café-com-leite e nódulos de Lisch – ocorrem em mais de 90% de todos os pacientes durante a puberdade. O diagnóstico da neurofibromatose é clínico, sendo que a aplicação dos critérios diagnósticos permite o estabelecimento do mesmo na grande maioria dos casos. Um teste denominado protein truncation test (PTT) tem sido aplicado no rastreamento para mutação do gene NF1. Além do PTT, o FISH é utilizado no diagnóstico molecular, assim como o PCR. O diagnóstico pré-natal da NF1 poderá ser realizado através de análise direta de DNA, quando uma mutação específica for identificada na família. O gene NF1 foi mapeado, através de estudo
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de ligação, na região pericentromérica do braço longo do cromossomo 17. O gene NF1 foi caracterizado como codificador de uma proteína Ras-GAP (proteína de ativação GTPase).
Esse produto codificado, a neurofibromina estimula a hidrólise intrínseca da