neocolonial
Por José Marianno Filho
8 - O CONFORTO – A noção do conforto interior varia evidentemente com o século. Em pleno século XX, no tumulto de uma vida febril, paralelamente com o aeroplano e o automóvel, não poderíamos pensar numa casa à moda daquelas que faziam a felicidade tartigrada dos nossos avós. Nós só podemos reviver um estilo arquitetônico, se esse estilo puder representar e atender às exigências prementes da vida moderna do instante, por assim dizer, universal que vivemos. Isso não impede, entretanto, que procuremos educar o público no sentido de compreender que a casa não é um hotel com uma sala de banho e um quarto de três metros. A casa, o home, é o refúgio de todas as fadigas, o agasalho de todos os dissabores. Essa é a noção tradicional. Porque não voltarmos a ela? A casa antiga era feita para ser habitada. Era atraente, acolhedora na sua largueza, discreta no seu aspecto de bonomia burguesa. A casa moderna... não é feita para ser habitada, apesar do habite-se legal da edilidade. Procurai acomodar o interesse da vida social de hoje à noção clássica do conforto brasileiro. Combatei no espírito de vossos clientes o preconceito ridículo dos bairros aristocráticos, em cujas ruas barulhentas os milionários menos exigentes já se contentam com uma espécie de arquitetura de corredores intermináveis, à moda do sistema Pullmann, de wagons ferroviários.
(Fig. 5) fonte:
Site “karimsama.deviantart.com”
As Casas do Largo do Boticário,
Cosme Velho, Rio de Janeiro.
As casas do Largo do Boticário representam bem o estilo
Neocolonial porque se encaixam em praticamente todos os textos de José Marianno Filho, além de ser um exemplo para “8 - O
Conforto” também pode ser um exemplos certo para “4 - A
Cor”, e também certamente para o espaço “6 - A Categoria” pois são ricas nas cores, como podem ser visualizadas na imagem o ao lado: cor amarela e esquadrias azuis, entre o rosa e o verde dos vizinhos. Desenhos e