Movimento Estudantil
Amanda Quiroga, Amanda Karolczak, Gabriela Touguinha e Gabriela Barreto.
MOVIMENTO ESTUDANTIL EM PORTO ALEGRE NA DITADURA MILITAR.
PORTO ALEGRE 2015
Assim como em diversos estados do País, o final da década de 1960 foi marcante para o movimento estudantil em Porto Alegre. Uma das instituições que constantemente apareciam nos jornais devido à organização dos movimentos era o colégio Júlio de Castilhos (Julinho), juntamente com a União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) e o DCE- Livre da UFRGS.
Um dos personagens importantes desses movimentos é Cláudio Antônio Wayne Gutiérrez, que participou de diversas mobilizações dessa época e escreveu o livro “A Guerrilha de Brancaleone” que narra à formação de um grupo armado com origem no movimento estudantil secundarista. Gutiérrez fazia parte do grêmio estudantil do Julinho que promovia constantemente atividades culturais e participava ativamente nas manifestações de protesto. Devido a isso, começaram as perseguições ao grêmio estudantil da escola e também de outros centros acadêmicos, levando a indignação dos estudantes que se mobilizaram para realizar as passeatas contra certas atitudes do governo.
Uma passeata que alcançou grande repercussão na cidade de Porto Alegre foi realizada no dia 11 de maio de 1967 e ficou conhecida como “Passeata da Catedral”. Conforme o jornal Zero Hora do dia 12 de maio de 1967 que descrevia o ocorrido, mais de mil manifestantes protestaram contra os acordos do MEC-USAID que foram estabelecidos entre o Ministério da Educação (MEC) do Brasil e a United States Agency for International Development (USAID) para reformar o ensino brasileiro de acordo com padrões impostos pelos Estados Unidos, em sinal de protesto contra o “imperialismo iankee” queimaram uma bandeira norte-americana. Os estudantes foram duramente reprimidos pela polícia militar e entraram na Catedral Metropolitana em busca de