Monotorizaçao de farmacos
O conceito de monitorização de fármacos tem sofrido, nos últimos tempos, alterações bastante significativas. Inicialmente, este conceito englobava apenas o controlo dos efeitos terapêuticos através da determinação das concentrações séricas do fármaco – monitorização terapêutica de fármacos (TDM). Na actualidade, apresenta-se em implementação um novo conceito com vista à monitorização do doente na sua globalidade. Abrange, não só a TDM mas também a determinação de biomarcadores fisiológicos como ferramenta para a avaliação de possível toxicidade em determinado órgão – monitorização clínica. Para além das vantagens que apresenta para o doente, nomeadamente, aumento da eficácia terapêutica e diminuição dos efeitos adversos, esta prática tem demonstrado uma óptima relação custo-benefício. Por exemplo, diminuindo os efeitos adversos, pode diminuir-se o número e/ou tempo de hospitalizações, que por sua vez leva a uma redução dos custos hospitalares. Todos os doentes sujeitos a determinada terapêutica devem ser monitorizados clinicamente por forma a avaliar a eficácia do tratamento e detectar efeitos adversos. [1] No entanto, existem situações que exigem uma monitorização mais cuidada. Exemplo disso são grupos de fármacos que apresentam uma margem terapêutica estreita, em que a dose tóxica é facilmente atingida; tratamentos crónicos que podem conduzir a alterações metabólicas e fármacos com efeito terapêutico afectado pela variabilidade interindividual (sexo, idade, patologias associadas, …). É também útil em certos grupos de doentes, tais como insuficientes hepáticos e renais; crianças, grávidas e idosos; doentes com polimorfismos genéticos que comprometam o metabolismo ou mecanismo de acção dos fármacos e ainda doentes polimedicados, mais susceptíveis a interacções medicamentosas. [2] O aspecto mais relevante da monitorização clínica é a detecção e controlo da acção tóxica dos fármacos, nomeadamente, através da determinação de