Doença de alzeimer
No âmbito da Unidade Curricular de Farmacologia, do 2.º ano do Curso de Licenciatura de Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, foi-nos proposto a elaboração de um trabalho sobre medicamentos anti-demência, incidindo, particularmente, sobre a doença de Alzheimer.
Demência é, então, uma síndrome, que se caracteriza pela existência de um declínio não só gradual, mas também global, das funções cognitivas, não havendo um comprometimento do estado de consciência, que seja capaz de interferir na vida quotidiana. A demência constitui uma das causas mais prevalentes de morbilidade, entre as pessoas idosas, sendo que a doença de Alzheimer é, efectivamente, a mais comum.
A fim de ir ao encontro das necessidades deste doentes, pareceu-nos extremamente importante compreender o mecanismo patológico da doença e de que forma esta afecta a vida dos seus portadores. Ao longo do trabalho vamos, deste modo, dar a conhecer a patologia associada à doença de Alzheimer, evidenciando, num estudo mais aprofundado, os fármacos, aprovados pelo INFARMED, para o tratamento da doença de Alzheimer. Nesse estudo serão explicitados os mecanismos de acção, a farmacocinética, a farmacodinâmica, bem como as interacções terapêuticas, as contra-indicações, os efeitos adversos e a posologia, desses mesmo fármacos.
Por se tratar de uma demência, parece-nos de extrema relevância, dar a conhecer a importância do papel do enfermeiro, no apoio à qualidade de vida dos indivíduos portadores de Alzheimer.
Por último, abordar-se-á, ainda, aquilo que se pensa vir a ser o futuro da terapêutica para a doença de Alzheimer e, de que modo, estes fármacos se podem tornar numa mais valia, para a vida de quem deles necessita.
1. DOENÇA DE ALZHEIMER
A doença de Alzheimer foi caracterizada, em 1907, pelo neuropatologista Alois Alzheimer, que concluiu que esta se tratava de uma perturbação neurodegenerativa progressiva e irreversível, de aparecimento insidioso, na qual se verifica a