Liderança
O presente artigo tem como objetivo ilustrar as precauções que devem ser tomadas com o feedback 360 graus. Esta é uma ferramenta muito poderosa, mas se não for muito bem estruturada e planejada, pode virar uma inimiga da empresa e prejudicar nos resultados organizacionais
Por Ariane Roberta Ramalho
Implementação da Avaliação 360 graus
Antes da implementação os gestores das empresas devem se reunir para definir algumas informações que são relevantes para aquela organização, como por exemplo, estilo de trabalho, habilidades de liderança, comunicação, estilo de aprendizado organizacional, frequência de oportunidades, utilização e potencialização de competências, entre outros. Almeida contextualiza:
Não é surpresa então que os melhores questionários são quase sempre desenhados por parceiros que conhecem o negócio em profundidade, gerentes com reconhecida notoriedade na arte de liderar e por dezenas de especialistas em avaliação de desempenho; é, portanto, necessário garantir a qualidade no processo de desenho do questionário e seu alinhamento com a natureza e negócio da empresa, pois quanto maior for a diferença entre as questões abordadas e a realidade da empresa, menos relevante será a análise que resultará da avaliação. (ALMEIDA, 1999, p. 3).
As informações na verdade são comportamentos observáveis, que fazem parte de um perfil idealizado, conforme a cultura e os valores da empresa. Após os gestores terem definido os itens comportamentais que vão avaliar, parte-se para o recrutamento de pessoas que irão fornecer feedbacks. Segundo REIS (2010, p. 50), os escolhidos vão verificar com que frequência os avaliados colocam em prática esses comportamentos. De acordo com a literatura de REIS (2010, p. 50) para cada avaliado é necessário que exista um número mínimo de três a dez avaliadores, mas segundo ALMEIDA (1999, p. 1) o método é frequentemente utilizado com 20 pessoas, número