Leitura Em Regime Contratual
Nota Bibliográfica:
Manuel Alegre, Doze Naus, Dom Quixote, 2007
Ficha de Leitura:
Nome do autor: Manuel Alegre de Melo Duarte
Título da obra: Doze Naus
Editor: Dom Quixote
Local e Data: Lisboa em 2007
Informações sobre o autor:
Nascido no ano de 1936, em Águeda.
Manuel Alegre de Melo Duarte, estudou na Faculdade de Direito, em Coimbra, participou ativamente nas lutas académicas, foi preso pela polícia política (PIDE), por se revoltar contra a guerra colonial e esteve exilado em Argel, durante 10 anos, onde foi locutor da emissora Voz da Liberdade. É um dos poetas mais cantados pelos músicos portugueses. Em 1998, foi-lhe atribuído o Grande Prémio da Poesia da Associação portuguesa de Escritores, pelo livro Senhora das Tempestades e, em 1999, o Prémio Pessoa.
Da sua obra poética destacam-se os títulos: Praça da Canção (1965), O canto e as armas (1967) e Senhora das Tempestades (1958).
Síntese do Conteúdo:
A antologia é dividida em seis partes, em que a primeira parte abrange a temática do mar, a segunda parte, a temática da terra, das coisas terrenas, a terceira parte, a temática da caça, da procura incessante de algo, a quarta parte, a temática das viagens, das diferentes aragens, cheiros e sensações, a quinta parte, a mais pequena, constituída por apenas três poemas, abrange a saudade de alguém, e por último a sexta parte, abrange a construção do poema ideal.
O trabalho procura analisar o espaço e a paisagem no último livro de poemas de Manuel Alegre, Doze Naus, em especial os espaços e paisagens greco-romanos. São muitas as composições que têm um espaço ou paisagem subjacente. Sobretudo nota-se grande insatisfação e uma busca constante de um lugar, da Ítaca ideal que nunca é o sítio em que se está ou chega. Na obra, Doze Naus, estão presentes as paisagens de Tróia, de Ítaca, de Lisboa, do Tejo, de Portugal. Aparecem como espaço ou teatro da vida de Ulisses, do poeta, do povo português. E todos eles se entrecruzam e